Editorial do Jornal "Está Escrito" - edição de Dezembro de 2014
"Editorial
Dia
12 de dezembro, sexta-feira, 10 horas da manhã!
O auditório da escola
transborda de alunos e de emoção. Sentados, inquietos, os rostos e os olhares
seguem todos os movimentos. À frente um biombo, onde uma coroa dourada,
brilhante e impaciente denuncia a presença da corte. Talvez do Rei da Helíria.
Desconfiam! De quando em vez, o pedido de silêncio. Não admira. É difícil
murmurar quando nos apetece clamar... Afinal esperam a escritora que lhes conta
as histórias que os encantam, que lhes alimentam a imaginação e os fazem
sonhar!
E eis que chega Alice Vieira,
acompanhada pela professora Graciete Monteiro. Todos se sentem emocionados, ou
pela responsabilidade, ou pela surpresa ou, simplesmente, pela presença.
A escritora sente-se
constrangida com tanto público, por isso é bom que todos estejam calmos para
transmitirem o mesmo sentimento... As apresentações são feitas e os avisos
também. A sessão começa, mesmo sem as pancadas de Molière.
Com a representação de Leandro,
rei da Helíria, os alunos querem agraciar a sua presença e fazem-no da forma
mais genuína que podem.
A timidez da escritora começa a
desvanecer com o primeiro riso que as personagens lhe arrancam e toda a sala
descontrai, também. Os adereços não são sofisticados, não há jogos de luz ou
outros artifícios, mas os minutos enchem-se de alegria e bem fazer.
Penso. No palco estão mais do
que alguns alunos do oitavo B. Ali está o empenho, a motivação e o respeito por
quem aposta neles e os orienta. Assim dá gosto! E assim, ao som de gargalhadas,
a peça avança e bem. A própria “criadora” confessa a sua admiração por aquilo
que acabou de ver; confessa o quão difícil é representar a sua obra; confessa
que gostou, e todos nos sentimos orgulhosos!
Depois, os alunos do sétimo A dedicam-lhe
algumas quadras. Simples, despretensiosas, cheias de carinho.
A escritora ouve tudo com muita
atenção. Ouve cada pergunta que alunos de todas as turmas lhe fazem e responde.
Todos querem participar. As mãos erguem-se. Querem saber e perguntar tudo, mas
o tempo urge. Está na hora das recordações e dos autógrafos. Está a chegar ao fim
o encontro. É necessário retomar a rotina. Vamos. Felizes!
Alice Vieira, jornalista,
escritora, mãe de família, sabe, também, cativar o público com sorrisos e
palavras ditas!
E assim temos mais um exemplo
do que é aprender e viver a escola!
Feliz Natal!
Prof.a Virgínia Caetano"
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